A formação, que reuniu 19 participantes, teve como objectivo aumentar o conhecimento dos jornalistas e líderes de opinião sobre das técnicas e estratégias de prevenção da violência, através da adopção de um discurso público que influencie a prevenção de actos de violência sem contudo renunciar a afirmação da legitimidade do valor do trabalho informativo, mesmo quando a informação difundida seja crítica, inconveniente e inoportuna aos interesses do poder estabelecido.
A capacitação acontece no actual contexto em que a liberdade de imprensa está minada em Moçambique. “Somos intimidados para não publicar certo tipo de matérias”, disse Jumito Zeferino, jornalista da Rádio Enhale, ao compartilhar a sua experiência sobre a manipulação e ameaças que os repórteres enfrentam nas rádios comunitárias em Nampula.
Durante o evento, os participantes ficaram a conhecer alguns problemas centrais que acometem os jornalistas em períodos eleitorais, as causas e os respectivos efeitos para o exercício da profissão e para a comunidade. Regina do Rosário, repórter da Rádio On’hipite, salientou que mesmo com os riscos inerentes ao jornalismo comprometido com verdade, o jornalista deveria ser profissional e assegurar que o cidadão esteja bem informado. “O jornalista é como um polícia, não pode deixar de fazer o seu trabalho, os riscos sempre vão existir”, realçou. Dentre vários temas abordados na formação, mereceram destaque tópicos como a ética e os aspectos chaves da media, assim como os crimes e os ilícitos em períodos eleitorais.