CEC forma jornalistas das rádios comunitárias e membros da sociedade civil de Nampula em matérias de segurança para jornalistas em período eleitoral

Foto: Pedro Fumo

A formação, que reuniu 19 participantes, teve como objectivo aumentar o conhecimento dos jornalistas e líderes de opinião sobre das técnicas e estratégias de prevenção da violência, através da adopção de um discurso público que influencie a prevenção de actos de violência sem contudo renunciar a afirmação da legitimidade do valor do trabalho informativo, mesmo quando a informação difundida seja crítica, inconveniente e inoportuna aos interesses do poder estabelecido.

A capacitação acontece no actual contexto em que a liberdade de imprensa está minada em Moçambique. “Somos intimidados para não publicar certo tipo de matérias”, disse Jumito Zeferino, jornalista da Rádio Enhale, ao compartilhar a sua experiência sobre a manipulação e ameaças que os repórteres enfrentam nas rádios comunitárias em Nampula.

Foto: Pedro Fumo
Jumito Zeferino, repóter da Rádio Enhale falando dos desafios do jornalista comunitário em período eleitoral

Durante o evento, os participantes ficaram a conhecer alguns problemas centrais que acometem os jornalistas em períodos eleitorais, as causas e os respectivos  efeitos para o exercício da profissão e para a comunidade. Regina do Rosário, repórter da Rádio On’hipite,  salientou que mesmo com os riscos inerentes ao jornalismo comprometido com  verdade, o jornalista deveria ser profissional e assegurar que o cidadão esteja bem informado. “O jornalista é como um polícia, não pode deixar de fazer o seu trabalho, os riscos sempre vão existir”, realçou. Dentre vários temas abordados na formação, mereceram destaque tópicos como a ética e os aspectos chaves da media, assim como os crimes e os ilícitos em períodos eleitorais.

“Estamos a falhar, porque em nome da LIBERDADE negligenciamos a JUSTIÇA SOCIAL”

O Professor Doutor Severino Ngoenha destaca que há necessidade de se fazer um esforço por parte dos decisores políticos em relevar a questão de se capitalizar o potencial que carecterizou as duas repúblicas porque Moçambique passou. Para Ngoenha, se faz necessária uma abordagem de recuperação e aplicação das boas práticas governativas, por exemplo a ideia de se imprimir na sociedade moçambicana o que foi de grande relevo na primeira República, a Justiça Social. O académico entende que os valores inerentes a Constituição de uma sociedade justa em que se sacrificava o bem estar individual em prol do colectivo foram se perdendo com o tempo. Estamos a falhar, porque em nome da Liberdade negligenciamos a justiça social” , sublinhou o Professor Doutor Severino Ngoenha, Reitor da Universidade Técnica de Moçambique na Conferência – Aulas Abertas, organizada pela Sociedade Aberta a com participação do CEC, subordinada ao tema: CONTRIBUIÇÕES PARA 
INSTITUIÇÕES CADA VEZ MAIS FORTES, E MELHOR ORIENTADAS 
PARA O DESENVOLVIMENTO ECONÓMICO E SOCIAL. 

Confira o vídeo-resumo da intervenção do Professor Doutor Severino Ngoenha na íntegra.

Anúncio de vaga para Assistente de Programas

O Centro de Estudos Inter-disciplinares de Comunicação, designado por CEC, é uma associação sem fins lucrativos, de duração indeterminada, que tem por objectivo geral dinamizar a investigação na área da comunicação social e informação, bem como promover o intercâmbio entre os profissionais de comunicação e as instituições de ensino e formação em comunicação.

O CEC esta levando a cabo um concurso de recrutamento para o preenchimento de uma vaga de Assistente de Programas, com o seguinte perfil:

  • No mínimo três (3) anos de experiência em de gestão/coordenação de projectos ou programas em organizações da sociedade civil em Moçambique;
  • Experiência no uso de computadores e pacotes de “software” de escritório (Word, Excel, etc) e conhecimento avançado de pacotes de folhas de cálculo e bases de dados e ainda experiência no manuseamento de sistemas de gestão baseados em “web”;
  • Conhecimentos e experiência de gestão baseada em resultados;
  • Domínio do contexto da Comunicação Social em Moçamique;
  • Boa capacidade de redação e comunicação oral;
  • Capacidade de negociação e de cultivo de boas relações;
  • Competência em avaliação e monitoria de resultados;
  • Conhecimento do modelo MSC- Most significative change;
  • Competência em planificação estratégica;
  • Facilidade para trabalhar em equipe, ter perfil colaborativo e criativo;
  • Flexibilidade para se adaptar a novas situações e experiência em trabalhar sob pressão;
  • Excelente comunicação oral e escrita em Português;
  • Formação superior em ciências sociais e humanas, áreas afins.

Os candidatos deverão enviar os seus CV’s, acompanhados de uma carta de motivação e duas referências, desde a data da publicação do presente anúncio até o dia 21 de Maio de 2019, para o email: info@cec.org.mz.

Liberdades Encurraladas: Um ano difícil e tímido para a Democracia em Moçambique.

“O ano de 2018 foi marcado pelo aumento da viola;’ao de liberdade de imprensa em todo o país. O início do ciclo eleitoral, as crises político-militar e económica foram os principais factores que contribuíram para minar a liberdade de imprensa. Comparativamente ao ano de 2017, o MISA registou, em 2018, um aumento dos casos reportados, de 21 para 23. Muitos dos casos são relacionados com a detenção e confiscação de equipamentos de trabalho aos jornalistas. As províncias de Maputo, Tete e Nampula foram as que maior preocupação do MISA concentraram devido a ameaças, agressões e assaltos em órgãos de comunicação social”. 

Contratação de Consultor para formação em matérias de segurança para jornalistas

Termos de referência para formação em matérias de segurança para jornalistas

O CEC pretende contratar um(a) consultor(a) para ministrar a capacitação em segurança para jornalistas e membros da sociedade civil na província da Zambézia, no dia 16 de Maio de 2019. A formação será ministrada para jornalistas das rádios comunitárias, estações de televisão e de empresas jornalísticas e membros da sociedade civil da Zambézia e Nampula.

Resultados de curto prazo:

  • Dotar o grupo alvo de conhecimentos, habilidades que garantam a sua segurança na cobertura dos assuntos de interesse público
  • Elaboração de um relatório de formação
  • Grupo-alvo com conhecimento sobre as leis aplicáveis à imprensa, Lei de Direito à Informação, lei do segredo de Estado.
  • Grupo-alvo com conhecimento para identificar os agentes principais implicados nas reportagens e analisar as suas motivações
  • Grupo-alvo com conhecimento sobre a conduta da polícia.
  • Grupo-alvo com conhecimento sobre os limites da observação eleitoral.
  • Grupo-alvo com conhecimento para avaliação e resposta ao risco.

Perfil do consultor:

  • Formação superior em Jornalismo, direito, ciência política ou ciências policiais.
  • Experiência comprovada de trabalho no desenho, implementação e formação em estratégias de segurança para jornalistas e sociedade civil.

Candidatura e submissão de propostas:

Toda(o)s interessada(o)s deverão submeter as propostas técnico-financeiras e o seu Curriculum Vitae até as 12horas do dia 13 de Maio de 2019 para o seguinte endereço: info@cec.org.mz

 

CEC lança livro sobre Direitos Humanos e a Imprensa nos PALOP

Da autoria de Luca Bussotti, Miguel de Barros, Gilson Lázaro e Redy Lima, o livro “Os Direitos Humanos e a Imprensa nos PALOP – Uma análise comparativa à cobertura da Imprensa sobre os Direitos Humanos” foi lançando no dia 27 de Fevereiro de 2019 na Guiné Bissau e é o terceiro da Colecção Comunicação e Sociedade, criada, pelo CEC, com objectivo de promover as publicações de pesquisadores nacionais e sobre temas ligados à comunicação e sociedade.

Com esta colecção, o CEC pretende dar o seu contributo na construção de um debate e de um pensamento sistematizado sobre o lugar e o papel da comunicação em Moçambique, assim como abrir mais espaços de publicação de trabalhos relevantes, para além da sua Revista Anual.  

O livro apresenta o primeiro estudo comparado entre os PALOP (salvo São Tomé e Príncipe) sobre a cobertura da imprensa escrita a respeito da violação dos direitos humanos por parte do Estado. Trata-se de uma pesquisa desenvolvida graças a um financiamento do CODESRIA de Dakar, em que os investigadores aplicaram uma nova metodologia, cruzando análises históricas, análise de conteúdo, entrevistas semi-estruturadas para perceber o tipo de cobertura e de linha editorial de cada órgão considerado.

 O assunto abordado é extremamente actual, pois em todos países objecto de investigação, o Estado, além (e por vezes ao invés) de proteger os cidadãos, se transforma no primeiro violador dos direitos mais fundamentais destes.

Com efeito, apesar de existir especificidades nacionais, é possível concluir que a imprensa faz uma cobertura ainda pouco sistemática das violações dos direitos humanos por parte do Estado (e nomeadamente da política e das forças da ordem e segurança públicas), não havendo registado nenhum caso de jornais com uma linha editorial explícita e comprometida para com tal assunto. Existe também uma diferenciação bastante evidente entre imprensa privada e pública, uma vez que a segunda tende a proteger e encobertar mais acções do Estado em violação dos cidadãos de que a tutelar as prerrogativas básicas dos violados, respondendo a uma agenda política clara e que influi directamente na linha editorial.

Repórteres Estagiárias para o projecto sobre Equidade de Género e Justiça Social (Media Femme)

4 Vagas[1] (2 para Jornalismo Impresso e 2 para Jornalismo Televisivo)

[1]Apenas para mulheres

Sobre o CEC – Centro de Estudos Interdisciplinares de Comunicação

O Centro de Estudos Interdisciplinares de Comunicação (CEC) é uma organização fundada em Novembro de 2010, em Moçambique. O seu objectivo é dinamizar a investigação na área da comunicação social, bem como a promoção do intercâmbio entre os órgãos de comunicação, as instituições de formação e os profissionais de comunicação para garantir uma maior contribuição dos seus profissionais na resolução dos diversos problemas que o país enfrenta.

A missão do CEC é produzir conhecimentos na área de comunicação social que contribuam para o desenvolvimento da sociedade, tendo uma visão de um país onde a pesquisa e a formação em comunicação social contribuam para o desenvolvimento das diversas esferas.

Contexto

O CEC está a levar a cabo, desde 2016, uma iniciativa de formação da mulher jornalista comprometida com a justiça social em prol da mulher, criança e equidade de género, através de áreas de actuação como a Pesquisa, Formação/Capacitação em campo, Laboratório Mulher (Rádio, Jornal e TV), Advocacia e Lobby, Empresa Social.

O Projecto Equidade de Género e Justiça Social tem como objectivos:

  • Contribuir para a disponibilização de informação científica actualizada sobre acesso à informação e ao mercado jornalístico pelas mulheres e a abordagem da imprensa sobre os assuntos relacionados com justiça social com enfoque para a mulher e criança;
  • Preparar mulheres jornalistas para o mercado de emprego com consciência sobre o seu papel de educação da sociedade em prol da justiça social e do género;
  • Contribuir para o aumento e melhoria da qualidade das matérias sobre a mulher na comunicação social e trazer ao conhecimento do público informações sobre a mulher e criança, como forma de contribuir para a justiça social;
  • Criar uma plataforma jornalística que sirva de laboratório para as futuras mulheres jornalistas iniciarem o seu trabalho profissional;
  • Contribuir para a existência de um espaço-modelo e sustentável onde o exercício de jornalismo advoga e transmite à sociedade os valores de justiça social, bem-estar da criança e serve de modelo para o empreendedorismo feminino na comunicação social.

Natureza do trabalho

No âmbito da implementação do projecto Media Femme, com enfoque para Comunicação Equidade de Género e Justiça Social, o CEC pretende produzir artigos jornalísticos de profundidade sobre a mulher, a criança e justiça social.

Deste modo, para o ano de 2019, CEC prevê produzir, nesses oito meses de trabalho, um total de vinte e quatro (24) artigos noticiosos, das quais dezasseis (16) reportagens escritas e oito (08) televisivas, que serão publicadas na página Web do CEC/Media Femme, podendo ser, os artigos, cedidos para órgãos de informação interessados.

Objectivo do Estágio

  • Apresentar propostas de reportagens devidamente fundamentadas;
  • Recolher e redigir informações com base em técnicas jornalísticas;
  • Auxiliar na parte técnica durante a produção das matérias (fotografias e vídeos);
  • Produzir reportagens de qualidade e originalidade em coordenação com o CEC;
  • Garantir a publicação dos seus artigos na plataforma on-line do Media Femme: http://www.cec.org.mz/index.php/pt/mediafemme e do CEC ww.cec.org.mz.

Duração

Oito (08) meses, a contar a partir de 1 deAbril até 31 de Dezembro de 2019, devendo cada estagiária efectuar a entrega do trabalho finalizado ao CEC nos termos a serem acordados no momento da contratação.

Perfil das Estagiárias

  • Formação em Jornalismo ou áreas afins;
  • Conhecimento teórico, técnico e prático sobre fotográfica, imprensa escrita, e televisiva;
  • Capacidade e experiências em conduzir entrevistas;
  • Experiência comprovada na produção de reportagens relevantes para projecto é uma vantagem;
  • Fortes habilidades interpessoais e de comunicação.

Condições de candidatura

As interessadas deverão enviar um e-mail com o titilo “Repórter Estagiária para Media Femme”, no campo de assunto e indicar se é para jornalismo impresso ou televisivo para o seguinte endereço: info@cec.org.mz,descrevendo sua motivação e o seu Curriculum Vitae. As candidaturas devem ser enviadas até ao dia 20 de Março de 2019. Apenas candidatas seleccionadas serão contactadas.

Contratação de assistente estagiária para administração e finanças

Sobre o Centro de Estudos interdisciplinares de Comunicação-CEC

 O Centro de Estudos Interdisciplinares de Comunicação (CEC) é uma organização fundada em Novembro de 2010, em Moçambique. O seu objectivo é dinamizar a investigação na área da comunicação social, bem como a promoção do intercâmbio entre os órgãos de comunicação, as instituições de formação e os profissionais de comunicação para garantir uma maior contribuição dos seus profissionais na resolução dos diversos problemas que o país enfrenta.

A missão do CEC é produzir conhecimentos na área de comunicação social que contribuam para o desenvolvimento da sociedade, tendo uma visão de um país onde a pesquisa e a formação em comunicação social contribuam para o desenvolvimento das diversas esferas.

O CEC está a recrutar uma estagiária de administração e finanças com o objectivo de prestar apoio administrativo nas áreas de gestão do escritório, logística, compras, transporte, finanças e recursos humanos.

FUNÇÕES

Finanças

  • Assegurar que os justificativos das despesas realizadas tenham um suporte de documentos pertinentes previstos no Manual de Procedimentos (carta de pedido de cotação, cotações e mapa de comparação, pedidos de autorização da despesa e do cheque, guia de entrada, factura e recibo, etc.)
  • Elaborar os relatórios mensais em coordenação com a oficial de administração e finanças
  • Conferir a correspondência/coerência entre a requisição da actividade, mapa de comparação de cotações e guia de entrada de mercadorias antes de processar qualquer pagamento

Administração

  • Estabelecer e manter uma base de dados de potenciais fornecedores dos bens e serviços mais procurados no âmbito das actividades desenvolvidas pelo CEC
  • Prestar apoio na gestão dos recursos da organização e na gestão interna do escritório
  • Fornecer suporte administrativo à equipa do projecto no escritório provincial
  • Colectar e envia, incluindo o seu, os timesheets e mapas de efectividade para o oficial de administração e para a directora executiva
  • Colaborar na execução de outras tarefas que lhe forem incumbidas
  • Prestar apoio na selecção de fornecedores assim como preparação de contratos de fornecimento de bens e serviços, garantindo a transparência e isenção nas suas intervenções
  • Gerir o sistema de arquivo geral dos processos de aquisição de bens e serviços, assim como doutra documentação inerente à área de procurement
  • Interagir com os fornecedores e desenvolver o conhecimento do mercado de bens e serviços, verificando as condições de fornecimento assim como a razoabilidade dos preços praticados
  • Organizar os processos de pagamento das facturas dos fornecedores, respeitando os prazos e outras formalidades aplicáveis para o efeito
  • Inspeccionar a qualidade dos bens ou serviços fornecidos, de acordos com as especificações dos requisitantes, assim como clarificar e/ou corrigir quaisquer discrepâncias que se verificarem
  • Gerir e coordenar a requisição de material administrativo e de economato
  • Gerir as chamadas de forma eficiente assegurando que as mesmas são feitas atempadamente, mantendo o seu registo
  • Manter o registo actulizado de correpondencia devidamente identificada no livro de entrada e saida de correpondência
  • Realizar actividades voltadas para a gestão diária do escritório e seu pleno funcionamento
  • Controlar o stock de consumíveis do escritório e requisitar a sua compra sempre que necessário e em coordenação com o Oficial de Logistica
  • Distribuir os consumíveis do escritório por cada departamento ou trabalhador mediante as necessidades
  • Assegurar a manutenção do equipamento quando necessário e semestralmente no caso de extintores de fogo, ar condicionados e outros materiais
  • Apoiar a logistica na obtenção de cotações sempre que solicitada
  • Adquirir bens e serviços e apoiar logisticamente a realização de eventos e reuniões, bem como viagem para os colaboradores sempre que solicitado
  • Colectar e registrar todas as informações relevantes para fins de efectividade mensalmente
  • Organizar a documentação, tanto em formato físico assim como digital

REQUISITOS

  • No mínimo, curso técnico ou superior em contabilidade, finanças, administração de empresas ou cursos afins.
  • Proficiência no uso de Microsoft Office (MS Word, MS Excel, MS PowerPoint e MS Access) e e-mail
  • Bons conhecimentos da prática contabilística, políticas e procedimentos
  • Domínio das linguas portuguesa falada e escrita

  CONDIÇÕES DE CANDIDATURA

O(a)s interessado(a)s devem enviar um e-mail com as palavras “estágio assistente para administração e finanças” escritas no campo de assunto, para info@cec.org.mzdescrevendo sua motivação em máximo de meia página, um CV de máximo duas páginas e indicação de duas referências. As candidaturas devem ser enviadas até ao dia 25 de Março de 2019. Apenas o(a)s candidato(a)s elegíveis serão contactado(a)s. O período de contratação é de 8 meses (Abril à Novembro). Exige-se uma dedicação integral.

  • Local: Maputo, escritórios do CEC, Rua Sociedade de Estudos n.112;
  • Prazo para candidatura: 25 de Março de 2019;
  • Data de início de actividade: 01 de Abril;
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